Operação Saco Azul: CMVM levanta suspensão das ações da Benfica SAD
Na nota hoje divulgada no 'site', a CMVM explica que decidiu levantar a "suspensão da negociação das ações Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD e outros instrumentos relacionados, na sequência da divulgação de informação relevante
15.07.2020 às 8h45

Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, foi constituído arguido no âmbito da Operação Saco Azul
Armando Franca
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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários levantou a suspensão das negociações de ações da Benfica SAD, suspensas desde terça-feira, quando foi divulgado que o presidente do clube e a SAD tinham sido constituídos arguidos por fraude fiscal.
Na nota hoje divulgada no ‘site’, a CMVM explica que decidiu levantar a "suspensão da negociação das ações Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD e outros instrumentos relacionados, na sequência da divulgação de informação relevante".
Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República confirmou a constituição de três arguidos, uma pessoa singular e duas coletivas, por fraude fiscal, no âmbito da operação ‘saco azul’, que envolve o Benfica.
Mais tarde, o clube confirmou que tanto o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e como o administrador Domingos Soares de Oliveira foram constituídos arguidos "pela alegada prática de um crime de fraude fiscal qualificada".
Segundo a nota ontem enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Vieira e Soares de Oliveira foram constituídos arguidos enquanto representantes legais da Benfica SAD e da Benfica Estádio, num processo integrado na operação ‘saco azul', em que as sociedades obtiveram, "nos anos 2016 e 2017, uma vantagem patrimonial indevida".
A esta ação "está associada uma possível contingência fiscal calculada pela Autoridade Tributária no valor total aproximado" de 600 mil euros.
Contactada pela Lusa, fonte oficial dos ‘encarnados' disse na terça-feira que os advogados do Benfica apresentaram um requerimento a fim de saberem se o processo está em segredo de justiça, ressalvando que em causa estava um processo de crime fiscal, que nada tem que ver com questões desportivas ou ‘sacos azuis'.
O inquérito é dirigido pelo Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) e investiga factos suscetíveis de integrarem crime de fraude fiscal, segundo a PGR.
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