Covid-19. Os jogadores do Borussia Mönchengladbach chegaram-se à frente e vão voluntariamente cortar os seus salários
A equipa técnica liderada por Marco Rose vai ter um corte no salário enquanto durar a pandemia de Covid-19. Esta medida é extensível também aos dirigentes do clube
19.03.2020 às 12h01

Jörg Schüler
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Os jogadores do Borussia Mönchengladbach e a equipa técnica liderada por Marco Rose vão ter um corte no salário enquanto durar a pandemia de Covid-19, uma medida que partiu dos próprios futebolistas, anunciou hoje o clube alemão.
“Os jogadores abordaram o clube com a oferta de cortes de salários voluntários e logo equipa técnica, diretores e executivos do clube se uniram à ideia. Estou muito orgulhoso dos nossos jogadores. Estamos juntos pelo Borussia nos bons e nos maus momentos”, afirmou o diretor desportivo, Max Eberl, no sítio oficial do clube na Internet.
O diretor executivo da formação de Mönchengladbach, Stephan Schippers, já tinha referido que, devido ao novo coronavírus, a Bundesliga e os seus clubes estão a passar pela pior situação financeira dos últimos 20 anos, devido à perda de receitas com público, direitos televisivos e patrocínios.
Schippers explicou que só no último jogo com o Colónia (2-1), disputado à porta fechada, o clube deixou de receber cerca de dois milhões de euros em receitas.
O Borussia Mönchengladbach é o atual quarto classificado do campeonato alemão.
O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram. Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro de 2019, e espalhou-se por mais de 173 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, que se encontra em estado de emergência desde as 00:00 de hoje, a Direção-Geral da Saúde elevou na quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
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