O currículo impressiona: o marchador João Vieira tem 19 títulos nacionais de pista coberta, 45 internacionalizações, participou em quatro Jogos Olímpicos, 11 mundiais, seis europeus, dois ibero-americanos, 11 Taças do Mundo e 12 taças da Europa. Leia a sua entrevista de vida
A antiga basquetebolista portuguesa, considerada uma das melhores bases de todos os tempos, foi nomeada para fazer parte do Women's Basketball 'Hall of Fame', distinção que a deixa orgulhosa e honrada. Afastada há seis anos da WNBA, ainda detém o segundo melhor registo de assistências da história da competição. Fã de Cristiano Ronaldo, garante que não foi tocada por nenhuma varinha mágica quando nasceu e que tudo se deve a muito trabalho, sacrifício e, claro, alguma sorte
Em 2017, quando o convidaram para treinar na Islândia, Pedro Hipólito mudou-se de armas e bagagens. Subiu da 2ª para a 1ª divisão, trocando o Fram Reykjavik pelo ÍBV, e vai estrear-se oficialmente na nova época este sábado, para a Taça da Liga local: "O mercado islandês é um mercado que quer aprender e nós em Portugal temos muito conhecimento sobre o futebol e temos muita capacidade de ensinar e de fazer muito com pouco"
O trio formado por Elisabete Jacinto, José Marques (navegador) e Marco Cochinho (mecânico) levou o camião MAN TGS ao triunfo na 11.ª edição da Africa Eco Race, uma prova com um figurino em tudo semelhante ao antigo Dakar e que contou com mais de 100 participantes. A piloto portuguesa não esconde o orgulho e diz ter provado a todos que é bom piloto e já não tem dúvidas: "Era uma miúda insegura, muito incapaz, com muitos medos, muito frágil, daquelas que ficam num cantinho a ver se ninguém dá por elas. Quando comecei a andar de mota comecei a perceber que os medos afinal estavam só na minha cabeça e que conseguia ultrapassá-los com muita facilidade"
Aos 40 anos, Sandra Bastos entra na história da arbitragem portuguesa como a primeira mulher a ser nomeada para apitar a fase final de um Mundial sénior feminino. O sonho concretiza-se no próximo verão, em França. Natural de Santa Maria da Feira, descobriu a paixão de 'juiz' quando a sua equipa, a Associação Desportiva de Lobão, foi extinta e por acaso fez o curso de arbitragem. Uma lesão grave, que a deixou fora de jogo durante dois meses, quase a fez desistir, mas, no fim, vingou a veia de batalhadora e a sua capacidade para driblar obstáculos e preconceitos. A bocas sexistas, o tempo ensinou-lhe a fazer orelhas moucas
Depois de dois anos na China, Fernando Valente voltou para Portugal, para treinar o Varzim, da 2ª Liga, tal e qual como treinava na China ou noutro sítio qualquer: "Sou apologista de que os jogadores têm de jogar o jogo que quero. Acho que o Setién também diz isso. Os jogadores têm de jogar o jogo que os treinadores querem. É isso que tento provar com imagens, porque costumo dizer que sou o Zé da merda cá do sítio, ninguém me conhece, porque se for um determinado fulano a dizer isto, toda a gente vai gostar e copiar. Eu não, portanto tenho de fundamentar através de quê? Das imagens". Para Valente, o futebol português precisa de mudar: "O futebol em Portugal é muito sofrimento, não é? Sangue, suor e lágrimas. A bola é que sofre mais, mas tenho pena é dos jogadores"
Aos 39 anos, Frederico Ricardo é o primeiro treinador português a colocar uma lança no futebol eslovaco. Nascido em Bragança, residente em Fafe, onde foi adjunto do clube local durante nove anos, emancipou-se em julho, quando partiu à aventura rumo ao banco do FK Senica. Cinco meses depois, deixou a equipa de trampolim de jogadores em 10º lugar na Fortuna Liga, competição que para durante dois meses devido aos rigores do inverno. Conta que na Eslováquia os locais olham de esguelha para os estrangeiros, embora sinta a simpatia dos adeptos por ser português. Graça que se deve a Ronaldo e também a Eusébio, ainda uma referência entre os mais velhos
Pedro Soares é técnico de judo do Sporting desde 2007 e há uma semana, em Bucareste, na Roménia, atingiu um dos maiores objetivos pessoais e do clube: vencer a Liga dos Campeões da modalidade, depois de nos últimos três anos ter trazido sempre para casa a medalha de bronze. O técnico leonino explica à Tribuna Expresso como é que este feito foi alcançado
Esteve nas principais equipas do futebol brasileiro (e quase em Portugal), mas nunca jogou. A história Carlos Kaiser virou filme por convencer os clubes a contratá-lo, e depois fez de tudo para nunca entrar no relvado. Kaiser por anos contou a história do malandro que enganou o futebol. Para a Tribuna Expresso, contou também a da pessoa que sofreu por causa dele
Há uns tempos, o IFK Norrköping defendeu um livre direto, perto da área, com duas barreiras uma ao lado da outra. Ou com uma " split wall", como Maths Elfvendal lhe chama. Ele é treinador de guarda-redes do clube sueco e da seleção da Suécia e tivemos uma breve conversa com ele sobre o maravilhoso novo mundo de possibilidades que há no treino defensivo de livres: "O melhor remate de quem vai rematar, ou o preferido, tem de ser menos atrativo para ele ou mais fácil para nós de defender"
Na primeira grande entrevista depois de ter sido eleito presidente do Sporting, Frederico Varandas responde desassombradamente a todas as perguntas que lhe são colocadas sobre os mais variados temas. Numa conversa longa, o antigo diretor clínico do clube aborda as contas, as dificuldades, os sócios mediáticos que nada trazem a Alvalade, Bruno de Carvalho, as rescisões e a guerrilha das redes sociais
André David já foi um dos treinadores mais jovens dos campeonatos profissionais em Portugal, depois de ter começado a carreira de treinador de seniores no Tourizense, então no 3º escalão nacional, em 2011/12, com apenas 26 anos, e de ter chegado ao Académico de Viseu, da 2ª Liga, em 2016/17, com 30 anos. Agora treina o Loures, do Campeonato de Portugal, que recebe este sábado o Sporting (20h45, RTP1), para a 3ª eliminatória da Taça de Portugal, e não tem dúvidas que a equipa pode deixar uma marca: "Há malta que defende que o modelo de jogo pode variar muito de acordo com os intervenientes. Eu acho que a complexidade daquilo que é o meu modelo de jogo é que pode mudar de acordo com o que são os intervenientes, se tiverem mais ou menos qualidade. Podemos ter um jogar rico em equipa de pobres"
Aos 26 anos, Miguel Caramalho retornou ao Porto, após uma época e meia a jogar na Académica de Lobito. Foi à aventura, tentou integrar uma equipa técnica, mas acabou a jogar na equipa que acabou o Girabola num inesperado em 5.º lugar. Na terra natal da mãe, não colheu fama, nem dinheiro, mas o ponta de lança que nunca passou dos Distritais conta que valeu pela experiência de vida. Bem acolhido, elogia a capacidade de resistência dos colegas de equipa, capazes de dar o máxima mesmo somando muitos meses de salários em atraso, movidos por duas razões poderosas: alimentar a família e ter visibilidade para dar o salto para o grande palco do futebol. A fazer um mestrado em Psicologia do Desporto na FADEUP, Miguel vai tentar o regresso aos relvados em janeiro, embora o treino seja a a sua meta futura
À entrada para a 7ª jornada da Liga, o Portimonense era o último classificado, com quatro pontos, uma vitória, um empate, seis golos marcados e treze sofridos. Mas a posição na tabela não afetou a forma de jogar que o treinador António Folha mais diz valorizar: a ofensiva. Foi assim que a equipa algarvia venceu o Sporting, por 4-2, e ascendeu ao 15º lugar. E é assim que vai continuar a jogar, porque é tudo uma questão de “mentalidade”, explica à Tribuna Expresso o ex-treinador do FC Porto B: “Até parece que é proibido uma equipa pequena jogar ao ataque”
Faltou à própria cerimónia de graduation do liceu, algo que desaconselha a fazerem, para ir à primeira competição em que participou deitado numa prancha. Garante que está em melhor forma hoje, aos 55 anos, do que nessa altura. Chamam a Mike Stewart, nove vezes campeão do mundo, o padrinho do bodyboard, que teve “a sorte” de muito cedo ter começado a trabalhar com Tom Morey, o pai da modalidade, que se levantou da cadeira durante o seu casamento. Há Kelly Slater no surf e há Mike Stewart no bodyboard, a lenda viva que esteve em Viana do Castelo, na etapa do circuito mundial, e explicou à Tribuna Expresso como a animosidade entre as duas modalidades apareceu quando "a perceção de ser cool" começou a ser associada ao surf
Pedro Espinha tem 33 anos e é treinador de guarda-redes na Noruega há três anos, onde já passou por altos e baixos, da 3ª à 1ª divisão - e vice-versa - por vontade própria, porque quer valorizar-se, a ele e ao futebol. "O guarda-redes, sem bola, tem o '1' nas costas; com bola, tem o '10' nas costas", explica à Tribuna Expresso o treinador dos guarda-redes do Lyn, que diz que aquela barreira de Vlachodimos no Chaves-Benfica "não estava ali a fazer nada"
Amir tem 25 anos, é guarda-redes do Marítimo e internacional iraniano. Deixou o Irão aos 14 anos, andou por Inglaterra e pelos Estados Unidos e chegou a Portugal para jogar no Barreirense; pensou que era capaz de dar sorte jogar no clube onde o Bento começou. Porque hoje há Sporting-Marítimo (21h, SportTV1)
As entrevistas “No banco com os misters” pretendem dar voz a quem intervém no desenvolvimento e no treino de uma equipa de futebol, de qualquer nível, género ou escalão etário
Luisão aterrou há 15 anos na Luz e vai finalmente arrumar as botas, ao que tudo indica para assumir um cargo no departamento de relações internacionais do clube. De 2003/04 para cá, “o único sobrevivente no caos do Benfica”, como foi apelidado por Luís Filipe Vieira, chegou ao top 3 de futebolistas com mais jogos pelas águias e tornou-se no jogador com mais títulos com a camisola do clube. Em entrevista à Tribuna Expresso (originalmente publicada em novembro de 2017 e republicada agora), o central de 37 anos não esconde que Jorge Jesus lhe ensinou muito e que quer continuar em Portugal no futuro
17 anos depois de ter deixado o Rio de Janeiro, Alan Osório da Costa Silva sente-se mais português do que brasileiro: a mulher é de Viseu e os filhos nasceram cá (Rodrigo na Madeira e Diogo no Porto). Aos 39 anos, a viver há mais de uma década em Braga, é um dos símbolos incontornáveis dos arsenalistas. No verão passado deixou os relvados e foi escolhido por António Salvador para ser o rosto dos 'Guerreiros do Minho' nas instâncias internacionais, como diretor de relações institucionais, e diz à Tribuna Expresso que os jogadores têm de se preparar para várias funções, tipo canivete suíço
Este sábado, na 5ª jornada da 2ª Liga, o Penafiel não recebe apenas o Cova da Piedade: recebe o batismo de Hugo Falcão como o treinador mais jovem das Ligas profissionais de futebol, aos 27 anos. "Se as pessoas identificarem que tu és competente, que tu és organizado, que tu queres o melhor para elas, que tu estás aqui para ajudar, as coisas decorrem naturalmente. A capacidade de liderança faz-se dia-a-dia", explica à Tribuna Expresso o novo treinador do Cova da Piedade, que tem jogadores bem mais velhos do que ele
Aos 22 anos, Vanessa Marques é a capitã do Sporting de Braga, vencedora da Supertaça de Portugal frente às "leoas" campeãs nacionais, suas némesis. No dia em que arranca a Liga BPI de futebol feminino, frente ao A-dos-Francos, a média ofensiva, pioneira das Guerreiras do Minho, acredita que o título nacional está mais perto e elogia o presidente António Salvador pelo apoio incondicional a uma modalidade que tem derrubado preconceitos e conquistado cada vez mais adeptos. A dar o salto, gostava de jogar na equipa do Lyon, a sua cidade natal, mas "só se compensar mesmo" o afastamento da mãe, de quem é muito próxima - já rejeitou um convite para se mudar para o Benfica. Os longos cabelos loiros valeram-lhe a alcunha de "princesinha" na seleção. E ela gosta
O Marítimo tem três vitórias e uma derrota, vai em 5º lugar, mas é treinado por um homem pouco conhecido do futebol português. Cláudio Braga, que vivia na Holanda desde os quatro anos, conta à Tribuna Expresso que prefere o jogo ofensivo, tem como referência Van Gaal e fez carreira nos escalões de formação de clubes como o PSV e o Feyenoord. Emigrante desde que se conhece, sempre se sentiu meio holandês e diz que, em Portugal, os clubes são capazes de deitar tudo a perder “por uma emoção”. Até sabe que corre um risco grande de ser despedido se não houver resultados, mas isso faz parte da profissão que escolheu aos 20 anos. O Marítimo joga este domingo (20h, SportTV1) com o Sporting, em Alvalade, para a Taça da Liga
Está no Porto há três anos e passeia-se na cidade como se estivesse há 37, a idade que tem. Iker Casillas diz que a exigência de Sérgio Conceição só lhe faz bem e que sempre pede uma coisa a quem joga com ele: não lhe olhem para o passado, nem para o bilhete de identidade
Na segunda parte da entrevista, José Sousa Cintra fala do seu passado, explica como começou a ganhar dinheiro, por que razão comprou um avião e um iate e revela como acabou por matar um leão, para ficar com os " big five" no currículo de caçador: "Toda a gente diz que o leão é o rei da selva, mas não, o rei é mesmo o elefante". No seu jeito peculiar e bem-humorado, recorda as tentativas de rapto de que foi alvo no Brasil e lembra ainda alguns dos negócios que fez enquanto presidente do Sporting, na década de 80. Mas há mais: vem aí um novo negócio que diz que vai ser "uma revolução"
Presidente do Sporting entre 1989 e 1995, José de Sousa Cintra aceitou, aos 73 anos, a missão de voltar a Alvalade, como parte da Comissão de Gestão que assumiu os destinos do clube após a saída de Bruno de Carvalho. Este sábado há eleições e, apesar do turbilhão que se tornou a sua vida nos últimos meses, diz à Tribuna Expresso sai com a sensação de ter arrumado a casa (Nota: esta é a primeira de duas partes da entrevista a Sousa Cintra; domingo será publicada a segunda parte, mais focada na vida pessoal e profissional do empresário)
João Kopke ouve amigos e outros surfistas dizerem-lhe que está a desperdiçar talento e que deveria usá-lo no circuito mundial de qualificação para tentar competir entre os melhores. Mas ele não é o típico surfista: antes foi campeão na ginástica acrobática e hoje também é músico, especializado no canto lírico e no contrabaixo, como instrumento. Aos 23 anos, João é mais o surfista menos surfista que tem hipótese de ser campeão nacional quase "sem querer", porque, "se for apenas competição, o surf "não [lhe] dá tudo o que tem de dar" e que ele recebe viajando, contando histórias, estudando e gravando vídeos ( Esta é a primeira entrevista da nova rubrica "H2O", em que a Tribuna Expresso falará com quem vive dos desportos de ondas.)
Diz estar à vontade para dizer o que pensa porque conquistou tudo com o suor do seu trabalho e cumpriu todas a regras. Mas a par de uma vida cheia de sucessos desportivos há uma mágoa latente naquela que é considerada por muitos a melhor atleta portuguesa de todos os tempos. Aos 49 anos, Fernanda Ribeiro vive apenas do dinheiro que amealhou no atletismo, garante que não recebe um tostão do Estado e assume que não tem feitio para pedinchar ou "dar graxa". Revela como muitas vezes tentaram denegrir a sua imagem e como, mais do que uma vez, esteve à beira de desistir do atletismo. Continua a correr, por prazer, apesar dos problemas nos tendões de Aquiles que, garante, nunca a largaram
Há 14 anos no Benfica, Renato Paiva passou por quase todos os escalões, desde os sub-10, onde começou em 2004/05, passando pelos sub-17, onde foi campeão nacional em 2017/18, até chegar aos sub-19, que vai liderar na época que já se iniciou. O treinador que diz ter "uma panca pelo futebol bonito" desde que viu o Brasil de 1982 acredita que em Portugal a formação está cada vez melhor, especialmente no Benfica, onde a evolução dos jogadores já é vista como mais importante do que as vitórias nos escalões jovens
Se Raúl Alarcón conquistou a Volta a Portugal 2018, isso deveu-se em grande parte ao esforço de Rui Vinhas, que passou por uma odisseia de superação, depois de embater num carro e continuar a pedalar, mesmo contra os conselhos dos colegas da W52-FC Porto e dos médicos