“Vamos interromper o julgamento para os próximos 14 dias”: a covid-19 entrou no caso Football Leaks
O julgamento do caso Football Leaks, que decorre no Campus de Justiça em Lisboa, foi esta quarta-feira suspenso devido ao caso positivo de COVID-19 de um familiar de um dos juízes do coletivo
25.11.2020 às 11h21

Sonja Och
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O julgamento do caso Football Leaks, que decorre no Campus de Justiça em Lisboa, foi esta quarta-feira suspenso devido ao caso positivo de COVID-19 de um familiar de um dos juízes do coletivo.
Cerca de 15 minutos depois do arranque da 27.ª sessão do julgamento, no Tribunal Central Criminal de Lisboa, o coletivo de juízes interrompeu de forma abrupta a sessão, com a presidente do coletivo, Margarida Alves, a regressar pouco depois para explicar que a audiência teria de ser suspensa, devido à informação recebida de um teste positivo ao vírus SARS-CoV-2 do familiar de um dos juízes.
“Vamos interromper o julgamento para os próximos 14 dias. Não sei quando poderemos retomar, serão depois notificados”, declarou a presidente do coletivo de juízes.
Rui Pinto, de 32 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.
O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 07 de agosto, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.
Rui Pinto, de 32 anos, responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.
O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 07 de agosto, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.
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