Tudo indica que Rafael Defendi "não estará infecioso", mas ainda assim não jogou "por precaução", diz a DGS
Durante a conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia, Graça Freitas sublinhou que o guarda-redes do Famalicão terá um baixo risco de infetar alguém, mas que "não há evidência científica robusta que permita dizer que não existe” essa possibilidade
10.06.2020 às 16h29

Carlos Rodrigues/Getty
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A diretora geral da Saúde afirmou que o guarda-redes do Famalicão ficou fora do jogo de terça-feira com o Gil Vicente por “princípio de precaução”, embora o seu teste positivo para a covid-19 seja provavelmente apenas por causa de “partículas virais”.
Na conferência de imprensa diária de acompanhamento da pandemia, Graça Freitas referiu que “será baixo o seu risco de contágio, mas não há evidência científica robusta que permita dizer que não existe”.
O brasileiro Rafael Defendi, que já esteve infetado com o novo coronavírus, foi entretanto dado como curado mas no último teste de despistagem, realizado 24 horas antes do jogo, deu positivo.
Graça Freitas afirmou que se ponderou deixar o guarda-redes participar na partida mas que se preferiu “pelo princípio da precaução, que um positivo não jogue”.
“No caso deste jogador, tudo indica que ele não estará infecioso com o que se sabe hoje, mas há algum grau de incerteza”, referiu, indicando que “provavelmente, serão só partículas virais” que influenciaram o resultado positivo.
“É preciso agir com toda a cautela, falámos com as autoridades da saúde locais e regional, falámos com um dos médicos que acompanha a Liga e foi por consenso entre todos” que a decisão foi tomada, referiu.
Graça Freitas acrescentou que o sucedido com Rafael Defendi não implicará alterações ao plano de testagem quer do Famalicão quer do Gil Vicente, que “vão continuar a seguir o seu plano de testes, que está predefinido”.
“Ontem [segunda-feira] recebeu um resultado inconclusivo e hoje [terça-feira] testou positivo. Nesse sentido estaria automaticamente ausente do jogo. Durante a tarde fomos informados pelas autoridades de saúde que não precisava de cumprir isolamento e poderia jogar, tendo em conta os antecedentes de infeção e os testes positivos de pesquisa de anticorpos. No entanto, momentos antes da partida informaram-nos que o atleta não estaria autorizado a jogar”, explicou na terça-feira o diretor clínico do Famalicão, Diogo Gomes, em conferência de imprensa no final do jogo.
Rafael Defendi, de 36 anos, tinha sido titular no triunfo caseiro diante do FC Porto (2-1), em 03 de junho, e foi rendido na terça-feira pelo compatriota Vaná Alves, que participou no triunfo do Famalicão na deslocação ao terreno do Gil Vicente, por 3-1, num encontro da 26.ª jornada, que permitiu aos ‘azuis’ igualarem o Sporting no quarto posto, com 43 pontos.
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