E após 20 dias e 12 empates, Magnus Carlsen bate Caruana e defende o título mundial de xadrez
Norueguês superiorizou-se ao norte-americano no tie-break de semi-rápidas que finalmente acabou com a final mais equilibrada de sempre do campeonato do Mundo
28.11.2018 às 18h49

TOLGA AKMEN/Getty
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Foi uma longa maratona que arrancou a 9 de novembro e só terminou esta quarta-feira em Londres: quase 20 dias depois há campeão do Mundo de xadrez, mas não um novo campeão já que Magnus Carlsen conseguiu defender o título pela 3.ª vez desde que ganhou o título a Viswanathan Anand em 2013.
Naquela que foi a final mais equilibrada de sempre, Fabiano Caruana falhou o feito de se tornar no primeiro norte-americano a sagrar-se campeão desde Bobby Fischer, em 1972. As doze partidas da final terminaram empatadas, pela primeira vez na história, e tudo se decidiu esta quarta-feira num tie-break de semi-rápidas, uma espécie de morte súbita no mundo do xadrez.
E aí, o norueguês Carlsen, jogador mais bem cotado do ranking e que faz 28 anos na sexta-feira, puxou dos galões de grande especialista de semi-rápidas para bater o norte-americano, um ano mais novo e número 2 do ranking. Com 3-0 no desempate, Carlsen, que para muitos especialistas já é o melhor jogador de todos os tempos, garantiu que será campeão do Mundo pelo menos até 2020.
Carlsen leva ainda para casa um prémio de 600 mil euros para casa. Caruana também não sai de Londres de mãos a abanar: para o 'desafiador' está reservado um cheque de 400 mil euros.
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Magnus Carlsen, campeão desde 2013, e Fabiano Caruana, o desafiador de serviço, disputam por estes dias o título mundial de xadrez, em Londres. Mas para lá dos infinitos movimentos num tabuleiro, a competição, que até está empatada, tem muito mais para oferecer: pequenos génios, milionários megalómanos, intriga mais ou menos internacional, apatia, negligência, conspiração e até uma pitada de sensualidade. Quem disse que o xadrez é chato?